quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

ATÔTÔ, Meu Segundo Pai!


Salve meu Segundo Pai...


Axé meu Velho...

O meu respeito... minha admiração... meu zelo... meu carinho...

Tudo isso pela honra de lhe ter como meu segundo Pai... vindo logo após meu Pai Oxossi...

... e minha honra tbm por estar fazendo parte, e girando num terreiro que o Senhor comanda... onde o Senhor é o dono da casa...

Onde minha Mãe de Santo... aquela que tem o poder de mexer em minha cabeça... te traz como sua frente...

Minha admiração, meu carinho... e acima de td... meu respeito... à Mãe Rose de Omolu, mesmo que invejosos falem mal de mim... tentem semear a discordia... assim como ja fizeram antigamente... O meu carinho é verdadeiro... Eu sou verdadeiro... e a prova disto é que continuo no seu terreiro... A minha verdade trago no meu coração e expresso para todos aqueles que querem ver... pois sou HOMEM o suficiente para isso... para cair, levantar e ainda ter o poder de olhar as pessoas de cima... Pena que nem todos são assim... Cada um com seu destino... uns como destino de carregar a verdade e o amor no coração... outros com o destino de carregar a mentira e a falcidade...

Ao Senhor meu Pai peço que afaste as energias ruins... que detenha as demandas... que tenha piedade de mim e daqueles que estão no meu caminho...


Axé!


Chegando de viagem à aldeia onde nascera, Obaluaiê viu que estava acontecendo uma festa com a presença de todos os orixás. Obaluaiê não podia entrar na festa, devido à sua medonha aparência. Então ficou espreitando pelas frestas do terreiro. Ogum, ao perceber a angústia do Orixá, cobriu-o com uma roupa de palha, com um capuz que ocultava seu rosto doente, e convidou-o a entrar e aproveitar a alegria dos festejos. Apesar de envergonhado, Obaluaiê entrou, mas ninguém se aproximava dele. Iansã tudo acompanhava com o rabo do olho. Ela compreendia a triste situação de Obaluaiê e dele se compadecia. Iansã esperou que ele estivesse bem no centro do barracão. O xirê (festa, dança, brincadeira) estava animado. Os orixás dançavam alegremente com suas ekedes. Iansã chegou então bem perto dele e soprou suas roupas de palha com seu vento. Nesse momento de encanto e ventania, as feridas de Obaluaiê pularam para o alto, transformadas numa chuva de pipocas, que se espalharam brancas pelo barracão.
Obaluaiê, o deus das doenças, transformara-se num jovem belo e encantador. Obaluaiê e Iansã Igbalé tornaram-se grandes amigos e reinaram juntos sobre o mundo dos espíritos dos mortos, partilhando o poder único de abrir e interromper as demandas dos mortos sobre os homens.

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